Zerodoze: Banda paralela de guitarrista do Hangar foi elogiada por Lemmy
Postado em 19 de agosto de 2016 @ 16:08 | 3.793 views


Cristiano Wortmann integrou a primeira formação do Hangar e retornou à banda após 14 anos afastado. Nesse período, criou a Zerodoze, da qual é guitarrista e vocalista. A Zerodoze ganhou expressão, abrindo shows de diversos artistas internacionais e recebendo elogios de ninguém menos do que Lemmy Kilmister, do Motörhead.

Quando o Hangar foi fundado em 1997, a formação trazia nas guitarras Cristiano Wortmann. Em 1999 ele deixou o Hangar e sua vaga foi preenchida por Eduardo Martinez. Após 14 anos, em 2013, o Hangar recrutou Cristiano novamente, possuindo pela primeira vez dois guitarristas na formação. Confira abaixo nosso vídeo entrevistando Cristiano Wortmann e conheça o trabalho da Zerodoze.

 

 

Como é lidar paralelamente com o Hangar e a Zerodoze?

Cristiano Wortmann: Todo undo no hangar tem outras bandas, né. Hoje em dia os músicos tocam com várias pessoas. A gente sempre conversa bem sobre agenda e até hoje nunca deu… Uma vez só deu uma confusãozinha, mas a gente conseguiu acertar.

É bem legal porque uma banda divulga a outra. Claro que o Hangar tem muito mais tempo na estrada, né. Mas um cara que escuta o som da Zerodoze acaba escutando o do Hangar e vice-versa, isso é muito legal. O Aquiles toca em várias bandas, o Nando Mello, o Fábio, o Pedro também toca na Soulspell.

Hoje em dia a maioria dos músicos que eu conheço é assim, cara. Não tem mais aquela coisa de ser fiel a uma banda só. Não é nem fidelidade, né. É pra curtir o som. A Zerodoze é um rock pesado mas não é metal. E o Hangar já é metal, embora tenha umas partes mais pop e rock, mas é bem mais metal.

Você com a Zerodoze já abriu shows do Slash, Zakk Wylde, Ozzy, Motörhead, Judas Priest, Sebastian…Como foram as experiências de tocar nesses grandes eventos, quais frutos vocês colheram disso?

Cristiano Wortmann: Foi demais, foi um sonho realizado. Quando a gente tocou no Monsters, depois que a gente tocou, não conseguíamos acreditar. Passou um mês e eu não acreditava ainda. Ainda mais pela atenção que eles nos deram e toda a estrutura que nos deram. A gente teve uma hora e meia para passar o som, camarim próprio, pessoal super gente fina…

O Lemmy veio falar com a gente depois do show, isso é uma coisa que a gente nunca falou. Ele veio cumprimentar, dizer que tinha achado muito legal e, um pouquinho depois, ele morreu. Então eu pude falar com ‘a véia’ ali e um pouquinho depois ele morreu. Quando a gente tocou com o Slash também foi fantástico, nos trataram super bem. E dá muito resultado. A gente conseguiu marcar muitos shows através disso. Inclusive a gente abriu o Monsters porque mandamos material abrindo par ao Slash, do primeiro show.

Então os caras veem que é uma banda que já tem uma estrutura, já tem uma experiência, é mais fácil para eles.Ainda mais por ser power trio também, que é menos complicado do que pegar uma banda com seis, sete pessoas.

Recentemente vocês lançaram um videoclipe. Eu queria saber o que vocês tem preparado, se esse clipe vai integrar algum EP, algum CD?

Cristiano Wortmann: Esse é o novo single, vai fazer pate do nosso 4º CD. Daqui umas duas semanas a gente já entra em estúdio pra começar a preparar as músicas novas. Elas já estão quase prontas só que a gente tem que dar uma arranjada ainda nelas. São dez músicas. Esse ano a gente grava, mas não sei se a gente vai lançar esse ano ainda. Mas se não for no final do ano, no início do ano que vem tem CD novo da Zerodoze.

Tem título definido já?

Cristiano Wortmann: Já tem título, vai se chamar “Tornado”.

As músicas são todas em português e é uma banda que retrata bastante o cotidiano. Fala sobre rodas de amigos em churrasco, cerveja, essas coisas que quem é do rock curte.

Cristiano Wortmann: A gente fala sobre o que a gente vive.

Eu queria saber se vocês vão manter esse padrão de cantarem português, se tem vontade de fazer alguma coisa diferente, se vocês acham que é importante ou por qual motivo?

Cristiano Wortmann: O inglês abre portas para tocar fora, mas tem várias bandas agora que tocaram no Rock In Rio, como Project, tocam em português e tocaram fora. Os gringos também estão gostando desse lance de som pesado em português, como teve o alemão.

Nesse disco a gente vai ter uma música em inglês, vai ser a primeira música da Zerodoze em inglês. Mas a nossa onda mesmo é português, é fazer rock pesado e autoral em português.

Então tá. Sucesso à Zerodoze. Obrigado mais uma vez.

Cristiano Wortmann: Mais uma vez valeu pela presença, vocês são demais!

 

 

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Categoria: Entrevistas · News
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